Roger diz que vontade de fazer viagem marítima o levou à Raposa
O Cruzeiro apresentou nesta quinta-feira (4) sua mais importante contratação para a disputa da Copa Libertadores da América: o meia Roger, de 31 anos, que estava no Al-Sailiya, do Catar. Ele termina nesta sexta-feira (5) exames médicos e assina contrato por três anos. O jogador revelou que já esteve perto de acertar antes com o clube celeste, mas só agora o “namoro” deu certo. “Estou muito feliz. Esse namoro aconteceu algumas vezes, mas sempre batia na trave. Vou me empenhar ao máximo para dar certo. Terei três anos de muito trabalho e muitos títulos”, afirma.
Roger - que estava acompanhado de seu procurador, Mauro Azevedo - faz exames cardiológicos e depois será liberado para resolver assuntos particulares na segunda-feira (8), no Rio, onde mora sua mulher, a atriz Deborah Secco. Ele volta à Toca na terça-feira (9) para iniciar os treinamentos. “A responsabilidade é grande de vestir a camisa do Cruzeiro. Afinal, o elenco é muito bom. Vou trabalhar bastante para buscar minha vaga e o foco será total aqui dentro da Toca”, destaca o meia, que atuou pela última vez na derrota de 1 a 0 do Al-Sailiya para o Al-Gharafa, em 30 de janeiro deste ano.
Roger não quis adiantar em quanto tempo poderá estar à disposição da comissão técnica celeste, mas deixou claro que vai precisar de uma preparação mais adequada para alcançar o nível de competitividade do futebol brasileiro. “São dois campeonatos em que as exigências são diferentes. Aqui, no Brasil, o nível de exigência é diferente, é maior. Lá jogava 30 jogos por temporada, aqui deve ser o dobro”, avalia.
A antecipação de seu retorno ao Brasil, já que seu contrato com o Al-Sailiya terminaria somente em julho, só foi possível graças ao empenho do próprio atleta e da direção celeste. “Estou muito feliz com essa antecipação, pois estava muito difícil a liberação. Liguei para o Gustavo (referindo-se ao vice-presidente de Futebol do Cruzeiro, Gustavo Perrella), porque ele tinha colocado uma mensagem sobre isso no twitter. E isso acabou ajudando porque mostrou para eles (Al-Sailiya) que já estava tudo acertado com o Cruzeiro”, observa. O campeonato nacional do Catar termina só em abril.
A disputa da Libertadores pesou, e muito, em sua luta para antecipar sua volta ao futebol brasileiro. “Foi o mais importante. É uma camisa (Cruzeiro) que pesa na Libertadores, tem tradição. Em 2009 não venceu por detalhes porque nem sempre o melhor vence. O Cruzeiro era o melhor”, garante. Além disso, ele destacou o lado familiar, pois já estava há dois ano futebol do Catar. “Em três horas ou quatro horas estarei ao lado deles; é mais gostoso essa convivência”, lembra.
Roger revelou que ficou sabendo do interesse do Cruzeiro quase que por acaso. “Recebi um e-mail de um casal ligado a mim e à direção do Cruzeiro. Mas a minha intenção era só voltar no meio de ano. O assunto da mensagem era Cruzeiro. Falei para minha mulher que o casal queria fazer um cruzeiro marítimo conosco pela Europa. Mas, quando li mais atentamente, fiquei sabendo do interesse do Cruzeiro. Fiquei mais feliz ainda, pois é um clube em que sempre sonhei jogar, por ser, na minha opinião, o mais organizado do país”, afirma.
Fonte: Hoje em dia
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