(30/11) Coletiva

Deborah Secco diz que personagem a 'reativou'
"Fazer Bruna Surfistinha no filme O Doce Veneno do Escorpião lhe trouxe uma alegria que, há muito não sentia"



Deborah Secco assume que andava ligada no automático no seu trabalho de atriz. Fazer Bruna Surfistinha no filme O Doce Veneno do Escorpião lhe trouxe uma alegria que, há muito, segundo ela, não sentia. Há muito tempo também, afirma, ela não se entregava tanto a um personagem. “Eu andava meio no automático, mas interpretar a Bruna me fez reativar a arte da interpretação”, disse a atriz em coletiva do filme de Marcus Baldini, realizada anteontem em Paulínia. O filme recebeu suporte financeiro do Polo de Cinema e está sendo rodado até o dia 6 de dezembro na região, incluindo Campinas.
Uma das razões para tanto entusiasmo é o fato de a personagem, ainda segundo a atriz, ser bastante complexo. “Está sendo um desafio interpretar a Bruna e sobre o trabalho eu só tenho coisas boas para falar. Posso dizer com toda certeza que hoje estou muito feliz.”
O processo de criação surgiu do trabalho de vivências, laboratórios, como se dizia antigamente, no qual o ator se apropria do personagem. Só depois desse período é que Deborah conheceu Rachel Pacheco, a verdadeira Bruna e autora do livro homônimo, que se transformou em best seller no Brasil e sobre o qual o filme vai se basear. Elas conversaram bastante e Deborah conta que conseguiu detectar várias características da pessoa real na personagem que ela havia concebido.

A atriz não leu o livro, pois preferiu se concentrar no roteiro escrito por Antônia Pellegrino, Homero Olivetto e José Carvalho. A razão é que desde o primeiro momento ela pensou sobre uma personagem de ficção, que foi baseado na vida real. “Não quis outras informações.”
Perguntada se tem havido algum tipo de constrangimento pelo fato de interpretar uma prostituta, Deborah diz que não houve nenhum. E declara não entender direito porque as pessoas veem o trabalho sob essa ótica. “Sou atriz profissional e estou capacitada para viver qualquer personagem. É desafiador, desgastante, mas também prazeroso.” Ela diz também que não está preocupada em criar um personagem fiel com a realidade. E, portanto, não se preocupou em copiar gestos e atitudes da pessoa real.

Fonte: cosmo online