Deborah Secco fala sobre Monna, de Decamerão
Deborah Secco jura que não se considera uma mulher sensual. "Todo mundo ri quando digo isso, mas não me sinto mesmo", garante ela que, apesar de ser uma quase balzaquiana - a atriz completa 30 anos no dia 26 de novembro -, ainda se vê como uma "moleca". "Sou muito mais menina do que uma mulher forte e capaz de seduzir os homens", avalia. Apesar de ainda se sentir uma "menina-moça", é na pele da lasciva criada Monna, de Decamerão - A Comédia do Sexo, que Deborah tem se apresentado ao público desde que a nova série estreou na Globo. "É muito bacana poder fazer papéis distantes da gente. Lembro muito bem que no meu primeiro trabalho sensual na tevê, em 'Suave Veneno', estava sendo dirigida pelo Daniel Filho e dizia que não ia conseguir fazer um mulherão", lembra, aos risos, referindo-se à "maria-chuteira" Marina.
Depois de perceber que não só conseguia como também encarnava com facilidade o papel de "femme fatale" - além da atrevida Marina, ela ainda viveu a espevitada lolita Íris, de Laços de Família, e a atirada manicure Darlene, de Celebridade -, Deborah tomou gosto pelo negócio. E hoje encara com naturalidade as cenas em que tem de colocar para fora seu lado mais fogoso. "Em cena, a inibição não aparece. Talvez vendo, fique com um pouco de vergonha. Mas é tanta doação e entrega para o trabalho que acabo não tendo isso", assegura.
Apesar de já estar escolada em papéis que usam e abusam da luxúria, a atriz confessa que, a cada trabalho, tenta descobrir uma maneira diferente de explorar sua sensualidade. "É engraçado porque a Deborah jamais estaria ali, fazendo aquilo. Às vezes, minha sobrinha pede para fazer a personagem, mas não consigo, não sei fazer. É uma coisa do momento, da construção mesmo", diverte-se ela, acrescentando que Monna é muito diferente dela na forma de se mexer, de se portar... "Ela é mais lânguida, os movimentos são muito pensados. Quando você constrói isso, fica difícil fazer depois, fora de cena, sem dar errado", justifica.
Se longe da tevê Deborah admite ter muita dificuldade para expor seu lado "sexy", em cena ela lembra que incorporou sem medo e em clima de pura descontração a mulher que trai o marido Tofano, de Matheus Nachtergaele, com o falso padre Masetto, de Lázaro Ramos. "Me divirto muito fazendo comédia. Nas cenas com o Lázaro, parávamos umas dez vezes para rir. É muito raro ter no elenco verdadeiros amigos, pessoas que se gostam verdadeiramente", elogia ela, que passou o mês de maio inteiro gravando nas cidades de Garibaldi e Farroupilha, na Serra Gaúcha.
Além de ter contado com experientes colegas de elenco, Deborah acredita que o clima frio e bucólico do Sul do Brasil também contribuiu para ela incorporar a impetuosa Monna. "As locações eram incríveis. E o clima me ajudou muito a criar a personagem. Foi como se tivesse mudado de universo", conta. A atriz admite, ainda, que as madeixas vermelhas também foram fundamentais para a construção da ardente personagem. "Quando botei a saia vermelha, com os cabelos vermelhos, encontrei a Monna", relembra.
Mas Deborah ainda faz um pouco de mistério sobre sua volta à tevê. "Estou reservada para a próxima novela de Gilberto Braga e também tenho outros projetos na tevê, mas, infelizmente, ainda não posso falar o quê", despista ela.
Fonte: Repórte Diário
(30/07) Detalhes de Monna...
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