Oi gente...
O site do Globo Esporte nos trás ainda mais detalhes da entrevista com a Geuse. Estou postando trechos que não foram ao ar. Vejam:
MEDO
- Até tomar o primeiro tiro, não tinha caído a ficha, nada. Paulo estava me deixando em casa, e eu ia assistir ao jogo do meu filho. Vai demorar muito para me recuperar. Não consigo sair na rua, eu fico assustada. Eu não tenho ido trabalhar nem nada. Eu só faço coisas que sou obrigada a fazer, mas queria ficar dentro de casa. (Geuse)
FATOS
- Do nada, a duas quadras da minha casa, essa moto nos ultrapassou. Os bandidos se adiantaram um pouquinho, pararam bem à frente da moto, e o Paulo simplesmente desviou. Nós só vimos a moto parando, e o garupa descendo. E eles começaram a disparar. Eu não vi que o Paulo tinha levado um tiro. Eu só vi o meu e comecei a reclamar muito, porque doía. O primeiro foi no ombro, e o segundo, no braço. (Geuse)
MILAGRE
- Acho que, pelas circunstâncias de como aconteceu o crime, ter minha mãe aqui é um milagre, porque ela estava na carona de uma motocicleta, e os tiros foram disparados por trás. Ela tem passado por um momento emocional muito difícil, de apenas ficar em casa. Todo mundo conhece alguém no Rio que sofreu alguma coisa. (Roger)
COBRANÇA
- São casos como esses, expostos na mídia, que tentamos passar para as autoridades. Nós passamos o carnaval inteiro dentro do hospital e dentro de casa, enquanto víamos nosso prefeito pulando na avenida, nosso governador fazendo festa, nosso secretário de segurança...
Lógico que a gente entende que a dor não vai ser a mesma neles do que na gente, mas o que pedimos é um pouco de carinho.
Se eu mostrar o quanto eu pago de imposto por mês, é um absurdo. Às vezes, você se abdica de uma distração, de estar feliz, de sair em uma roda de amigos, porque tem medo. Peço mais segurança e carinho com o povo brasileiro, principalmente com o povo de bem, que merece ter momentos de lazer e usufruir coisas boas. Vamos cobrar das autoridades uma resolução rápida do caso, para dar uma resposta à família. (Roger)
INSEGURANÇA
- Eu estou muito descrente. Eu vi a polícia subindo, prendendo um monte de bandidos. Mas eles estão aí, continuam aí. Às vezes, eu penso que nem tem jeito mais, porque todo dia você vê. Toda hora, morre um, morre outro, não sei com quantos tiros, facada. (Geuse)
SEM REAÇÃO
- As pessoas falam que não pode reagir. Mas não deu tempo. O Paulo simplesmente desviou, porque a moto parou na frente. Talvez ele tenha até visto que ia ter um ataque, mas eu não vi nada. É uma reação normal. É um reflexo. Alguém para em sua frente, e você faz o quê? Desvia e sai. Vai reagir a quê? Aos reflexos? (Geuse)
PREOCUPAÇÃO
- Essa é a grande preocupação quando se perde alguém querido: e os outros? A gente não tem como cuidar. Uma filha está trabalhando, e a outra sai para treinar de manhã. Assim que ela chega, eu peço para me ligar. Cada vez que um sai na rua, tenho que fazer isso. No Rio de Janeiro, tem que fazer isso. (Geuse)
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